domingo, 24 de julho de 2011

A educação audiovisual na inserção social

“A percepção da sociedade é que os jovens devam ser educados para a mídia, pois os jovens são catalisadores das mudanças sociais brasileira. Se utilizarmos a educação audiovisual para melhorar a educação do país, teremos uma sociedade melhor, mais crítica e voltada ao social”, disse a professora da Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP), pesquisadora e doutora em educação visual, Moira Toledo, no painel “Documentário, ficção e vida cotidiana”, da manhã de hoje, 19, do 7º Mutirão Brasileiro de Comunicação (Muticom). Moira falou sobre a qualidade de ensino com a utilização de recursos audiovisuais e a mudança de comportamento das crianças que se utilizam desse artifício.

Segundo Moira Toledo, após ministrar aulas de audiovisual para crianças de várias comunidades carentes do Rio de Janeiro, ela afirmou que consegue perceber a mudança de comportamento das crianças e jovens. “Nossa sociedade precisa ser educada a decifrar o que se passa na televisão. Precisamos ser mais críticos com o que nos é imposto todos os dias. E com as oficinas, as crianças conseguem entender mais como é feito os programas de TV, como manipular uma câmera e principalmente, o que aquela mensagem que passa a TV quer dizer”, explicou.

muticomrjmesadia2“Como preparar a juventude pra fazer uma leitura crítica da Televisão? Fazer uma construção ou uma desconstrução do que é feito na televisão? Ensine arte visual!”, exclamou Moira.

A professora Moira fez um levantamento para saber quantas entidades, no território nacional, trabalham ou trabalharam com arte visual nas escolas públicas desde o ano de 1995. No seu estudo, Moira descobriu que até o ano de 2009, 132 entidades trabalham com áudio visual como meio de inserção social, sendo 17 estados, mais o Distrito Federal (DF), em 38 cidades diferentes, 68,1% ainda estão ativas e 28% inativas, atingindo 25.665 alunos atendidos e 3.233 vídeos produzidos.

Mesmo com todos esses dados, Moira afirma que pelo menos 400 professores ensinam arte visual sem nunca ter lido um livro sobre o assunto ou feito um curso de capacitação. “Mesmo sem ter feito um curso sequer, o professor continua ensinado arte visual na prática, porque acredita que aquilo está ajudando a mudar a mentalidade dos jovens”, disse Moira.

“O cinema de periferia é no fundo, no fundo, conta a história de vida dos cineastas”, finalizou Moira Toledo.

fonte;http://www.cnbb.org.br/site/comissoes-episcopais/comunicacao-social/

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