sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Contrarie as Estatísticas VT Gabriela

Jovens negros: Contrariando as estatisticas

Jovens negros: Contrariando as estatísticas. 16199.jpegInstituto Mídia Étnica lança a campanha "Contrarie as Estatísticas" - Campanha tem o objetivo de apresentar ao jovens negros(as) de periferia, que outro caminho é possível diferente daqueles apontados por estatísticas e indicadores sociais - Ideia é apresentar ao jovem negro(a) da periferia possibilidades diferentes das estatísticas.
Apresentar ao jovem negro e negra de periferia que outro caminho é possível diferente daqueles apontados por estatísticas e indicadores sociais, é o principal objetivo da campanha "Contrarie as Estatísticas", lançada nesta semana pelo Instituto Mídia Étnica/Correio Nagô. A iniciativa da organização, criada há seis anos e formada por jovens comunicadores, surgiu após a divulgação dos últimos indicadores sociais que apontam o alto de risco de vulnerabilidades e desigualdades aos quais a juventude negra brasileira está exposta, a exemplo, do aumento da taxa de homicídios, analfabetismo, gravidez na adolescência, pobreza, entre outros.
A proposta do IME, como o Instituto é carinhosamente chamado pelos seus integrantes, é trazer referências de jovens negros e negras que vieram de comunidade carentes e que conseguiram driblar estes índices e ocupam lugar de destaque e de decisão na sociedade. Segundo dados do relatório "Situação da Adolescência Brasileira 2011 - O direito de ser adolescente: Oportunidade para reduzir vulnerabilidades e superar desigualdades", do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), atualmente vivem no Brasil 21 milhões de meninos e meninas entre 12 e 18 anos, destes 56,6% são negros. Na Bahia, são aproximadamente dois milhões de adolescentes, deste 78,3% são de garotos e garotas negras. De acordo com dados da agência da ONU, projeções demográficas mostram que o país não voltará a ter uma participação percentual tão significativa dos adolescentes no total da população.
Visando garantir oportunidades e a concretização dos devidos direitos desse segmento da população, que é o direito à vida e o direito de serem plenamente adolescentes e jovens, o Instituto Mídia Étnica convoca a sociedade brasileira a contrariar as estatísticas e os indicadores sociais que violam esses direitos, a partir de referências positivas desta juventude. "O jovem negro e negra brasileira precisam de exemplos que lhe sejam contemporâneos, ou seja, eles precisam saber que podem ser advogados, médicos, jornalistas, publicitários, que eles podem ter ensino superior e principalmente que eles podem estar vivos para realizar isso. É por isso que na campanha trazemos como referência, jovens que conseguiram contrariar essas estatísticas, dados estes que na maioria das vezes se transformam em números e mais números ao invés de ações concretas que mudem essa realidade", explicou a coordenadora executiva do Instituo Mídia Étnica, Ilka Danusa.
Veja abaixo mais dados sobre as vulnerabilidades que atingem a juventude negra brasileira:
Homicídios
Em quatro anos, a taxa de homicídios entre adolescentes de 12 a 18 anos na Bahia teve um crescimento de quase 400% - em 2004, a taxa medida por 100 mil habitantes da mesma idade era de 8,6, em 2009 a taxa chegou a 31,1. O adolescente negro desta faixa etária tem 3,7 vezes mais risco de ser assassinado em comparação com adolescentes brancos, segundo dados do Índice de Homicídios na Adolescência (IHA) de 2009.
Situação de Rua
São 24 mil meninos e meninas em situação de rua no Brasil, segundo dados de um estudo do Consleho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda), em parceria com a Secretaria de Direitos Humanos (2011). Entre eles, 70% são meninos. Dos 24 mil adolescentes que estão expostos a todo tipo de violação de seus direitos, quase metade deles (45,1%) tem entre 12 e 15 anos e 72,8% são negros (pretos e pardos).
Extrema Pobreza (até ¼ de salário mínimo)
A média nacional de adolescentes vivendo em situação de extrema pobreza, em 2009, era de 17,6%. Entre meninos e meninas negras esse índice chega a 22%. Os adolescentes negros que vivem nas regiões Norte e Nordeste são ainda mais vulneráveis. No Nordeste, enquanto 26% dos meninos e meninas brancos eram extremamente pobres, entre os negros, esse índice é de 31,5%.
Educação
Apesar dos avanços na educação, o percentual de adolescentes entre 16 e 17 anos negros que tinham o ensino fundamental era de 56% em 2009, em comparação aos adolescentes brancos que tem o percentual de 75,6%. No que se refere ao ensino médio, enquanto 60,3% dos adolescentes de 15 a 17 anos brancos frequentavam as escolas em 2009, entre os adolescentes negros, o índice era de 43,4%. Os adolescentes de 15 a 17 anos brancos atingem 7,8 anos de estudo, em média, e os negros 6,8.
Gravidez
A taxa de incidência de gravidez na adolescência é maior entre as adolescentes negras, o percentual é 6,1% entre as meninas negras de 15 e 17 anos, em comparação com o índice entre as adolescentes brancas, de 3,9%
Mercado de Trabalho
Dados da pesquisa de emprego e desemprego da Região Metropolitana de Salvador , intitulada "A Desigualdade entre Negros e Não-Negros no Mercado de Trabalho", do Dieese 2009, apontam que a presença negra na População Economicamente Ativa (PEA - 2008) alcança 85,4%. Contudo, a ocupação desta parcela se dá, com frequência, em setores e posições em que os rendimentos são menores (negros: R$ 4,75 e os não-negros: R$ 9,63; as jornadas mais extensas (42 horas semanais para negros e 41 horas para os não negros) e participação em postos de direção (28,4% para não negros e 9,1% para negros).
Fonte: Juliana Dias - Mídia Étnica
http://cojira-al.blogspot.com/2011/12/instituto-midia-etnica-lanca-campanha.

Lei equipara trabalho a distância a presencial e inclui meios eletrônicos nas relações trabalhistas


Ligações telefônicas, mensagens no celular e e-mail passam a ser considerados formas de subordinação ao empregador. Foto: Antonio Cruz/ABr/Arquivo
Empregadores devem ficar atentos ao enviar mensagens no celular e e-mail ou fazer ligações telefônicas a seus empregados fora do horário e local de trabalho. Lei sancionada no último dia 15 de dezembro pela presidenta Dilma Rousseff, que altera o artigo 6o da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), equipara os efeitos jurídicos da subordinação exercida por meios eletrônicos à exercida por meios pessoais e diretos no trabalho.
A Lei 12.551/2011 também assegura as mesmas garantias ao trabalho executado no domicílio do empregado e o realizado a distância ao que ocorre no estabelecimento do empregador. A condição é que estejam caracterizados os pressupostos da relação de emprego.
O texto afirma ainda que “os meios telemáticos e informatizados de comando, controle e supervisão se equiparam, para fins de subordinação jurídica, aos meios pessoais e diretos de comando, controle e supervisão do trabalho alheio”.
André Grandizoli, secretário-adjunto de Relações do Trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), explica que a medida representa o ajuste da legislação ao avanço da tecnologia. Para ele, a lei pode ser vista como “uma evolução, por reconhecer um tipo de trabalho que já ocorre, o chamado teletrabalho”.
“A modernidade chegou e a legislação acaba de se integrar a essa modernidade”, disse.
Na visão do secretário-adjunto, com as mudanças, não importa mais o local de trabalho, mas se o trabalhador executa a tarefa determinada pela empresa. Ele destaca ainda que pretende-se com esse dispositivo que o tempo do trabalhador em função do empregador seja reconhecido, independentemente do meio utilizado ou da presença física na empresa.
“Se o trabalhador estiver à disposição do empregador fora do local de trabalho, por meio telemático, ele deve receber horas extras”, destacou
http://blog.planalto.gov.br/lei-equipara-trabalho-a-distancia-a-presencial-e-inclui-meios-eletronicos-nas-relacoes-trabalhistas/
Quinta-feira, 29 de dezembro de 2011 às 17:34

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Comissão aprova regulamentação da profissão de educador social


Angelo Vanhoni
Angelo Vanhoni: medida beneficiará profissionais que já atuam na área.
A Comissão de Educação e Cultura aprovou na quarta-feira (14) o Projeto de Lei 5346/09, do deputado Chico Lopes (PCdoB-CE), que regulamenta a profissão de educador social. Pela proposta, as ações desses profissionais estarão direcionadas para as pessoas e comunidades em situação de risco, violência e exploração física e psicológica.
O texto aprovado ainda prevê que o educador profissional também terá entre suas atribuições a preservação cultural e a promoção de povos e comunidades remanescentes e tradicionais; e de segmentos sociais prejudicados pela exclusão social como mulheres, crianças, adolescentes, negros, indígenas e homossexuais.
O relator, deputado Angelo Vanhoni (PT-PR), recomendou a aprovação da proposta. Segundo ele, o projeto faz justiça e traz benefícios aos profissionais que há anos militam junto às pessoas em situação de risco ou vulnerabilidade social, violência e exploração física ou psicológica.
“A História mostra que as atividades de educação social remontam ao século XVI, mas, na prática, disseminam-se e ganham relevo na era moderna, com o advento dos fenômenos típicos da vida urbana, tais como o surgimento das populações de rua”, afirmou.
Para exercer a profissão, de acordo com o projeto, será exigido apenas formação de nível médio. Caberá à União, aos estados e aos municípios adequar a denominação dos cargos ocupados por profissionais que atuam na área, e elaborar os planos de cargos, carreira e remuneração da profissão.

Tramitação 
A proposta, que tramita em caráter conclusivo, ainda será examinada pelas comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Íntegra da proposta:

Reportagem – Oscar Telles
Edição – Paulo Cesar Santos

A reprodução das notícias é autorizada desde que contenha a assinatura 'Agência Câmara de Notícias'

Como ser educador social

Por GLG Contributor December 20, 2011


Como ser educador social
Como ser educador social

Educador Social, uma profissão nova e necessária.

É cada vez mais urgente ter profissionais de educação não-formal que contribuam para a formação de crianças, adolescentes e adultos em situação de vulnerabilidade social: abuso físico, moral ou psicológico.
A educação formal não dá conta das mazelas de grandes cidades como São Paulo: carência de educação moral, marginalização das classes baixas moradoras das periferias, acesso à educação e cultura das classes excluídas geográfica e moralmente (indígenas, homossexuais, moradores de rua, dentre outros). Diante de tantas demandas, eis que o Educador Social aparece para propiciar o aumento da humanização das relações sociais, auxiliando os grupos que estão momentaneamente em condições de vulnerabilidade social.
Você pode atuar como Educador Social em instituições como ONGs, hospitais ou mesmo atuando no próprio bairro tendo uma atitude solidária e atenciosa com seus vizinhos.
O principal da profissão é estar disponível para perceber e ouvir o outro, aceitar diferenças e trabalhar os preconceitos que todos nós temos.
Instruções
  1. 1
    Para ser um Educador Social é necessário que você esteja disposto fisicamente e psicologicamente a lidar problemas, uma vez que esse profissional, em muitos casos, lida com pessoas que estão em situação de abusos diversos, carentes e desprovidas de atenção, carinho, respeito e, em muitos casos, carentes de valores morais. O profissional da área precisa ser uma pessoa equilibrada emocionalmente e espiritualmente.
  2. 2
    Para trabalhar em ONGs, Instituições Culturais ou Hospitais fique atento aos anúncios de empregos nos sites especializados, em sites das instituições onde você deseja trabalhar e também em jornais de Concursos Públicos. Na página dos sites procure pelo link “Trabalhe conosco” ou “Currículos”. No site de uma associação de Educadores Sociais você poderá encontrar dicas de onde fazer cursos na área.
    /www.educadoressociais.com.br/index.php
  3. 3
    É possível também ser um Educador Social atuando no seu próprio bairro observando as pessoas marginalizadas e suas particularidades: do que necessitam, características físicas e de personalidade, observar suas famílias etc. Depois de um período observando tente se aproximar e conversar com elas tentando identificar de que forma você pode ajudá-las.
    Todos somos potenciais educadores sociais, basta termos coragem e disposição para enfrentarmos o diferente.

    Dicas:

    Frases sobre Educador Social

    Artigo: Educação não-formal, educador(a) social e projetos sociais de inclusão social - Maria da Gloria Gohn


    profissão de Educador Social,  Classificação Brasileira de Ocupações - CBO, do Ministério do Trabalho e Emprego.

Deixe 6% do IR devido para o CMDCA da sua cidade


Até 30 de dezembro (sexta-feira), pessoas físicas e jurídicas poderão doar parte do Imposto de Renda ao Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (Fumdicad). As deduções serão abatidas integralmente na declaração de ajuste de 2012.
O Fumdicad é um instrumento de captação e aplicação de recursos, que são utilizados conforme deliberações do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA). Os recursos do são aplicados em projetos, programas e ações de atendimento à criança e ao adolescente.
Qualquer pessoa ou empresa com imposto a pagar pode contribuir com a dedução integral ou parcial do valor que pretende doar. No site do CMDCA de São José dos Campos (www.cmdca.org.br) o contribuinte pode fazer a simulação da doação e da dedução em sua declaração de Imposto de Renda.
Quem pode contribuir:
- Pessoas físicas até o limite de 6% do Imposto de Renda devido. A doação deve ser feita até o último dia útil de dezembro de cada ano, para que a dedução seja feita na declaração do ano seguinte.
- Pessoas jurídicas, até o limite do 1% do Imposto de Renda devido. Somente as empresas tributadas pelo lucro real podem fazer doações ao Fundo, usufruindo desse incentivo.
Mais informações: www.cmdca.org.br
Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente
Avenida. Dr. João Guilhermino 429 - 1° andar - sala 11
Telefone (12) 3941-6393

sábado, 10 de dezembro de 2011

PEDAGOGIA SOCIAL


Entende-se que ao falar de educação também está se referindo ao termo “Pedagogia Social” como aquele processo através do qual se forma o homem como cidadão, resgatando seus valores morais que são parte de seu ser, o que lhe proporciona a possibilidade de se integrar cultural e socialmente à vida da comunidade, isto é, assinala com maior ênfase o princípio que acata a educação que não é outra coisa, que o da “socialização”. O homem é um ser gregário por natureza e não pode conceber uma vida separada de outros seres semelhantes, quer para sua sobrevivência e sua integridade mental.

Palavras - chave: educação, homem, vida.

Abstract
One understands that to the education speech also it is if relating to the term “Social Pedagogia” as that process through which if forms the man as citizen, rescuing its moral values that are part of its being, what it provides the possibility to it of if integrating socially cultural and to the life of the community, that is, designate with bigger emphasis the principle that accepts the education that is not another thing, that of the “socialization”. The man is a gregário being by its very nature and he cannot conceive a separate life of other similar beings, wants for its survival and its mental integrity.

Key- words: education, man, life.

1. Introdução
Pedagogia Social significa agir sobre si mesmo, com os outros e com as perguntas da sociedade, de tal forma que nossa ação torne possível o desenvolvimento sadio de outras pessoas e das condições sociais. Ela é uma aplicação das ideias de Rudolf Steiner sobre organização social, que ele formulou em 1919 com o nome de “Trimembração do Organismo Social” (“Dreigliederung des Sozialen Organismus”), no âmbito de grandes ou pequenos grupos sociais (como empresas ou grupos de trabalho) e também do âmbito do desenvolvimento de sensibilidade, responsabilidade e ação sociais individuais.
2. Objeto de estudo
pedagogo não possui quanto ao seu objeto de estudo um conteúdo intrinsecamente próprio, mas um domínio próprio (a educação), e um enfoque próprio (o educacional), que lhe assegurara seu caráter científico. Como todo cientista da área sócio-humana, o pedagogo se apóia na reflexão e na prática para conhecer o seu objeto de estudo e produzir algo novo na sistemática mesma da Pedagogia. Tem ele como intuito primordial o refletir acerca dos fins últimos do fenômeno educativo e fazer a análise objetiva das condições existenciais e funcionais desse mesmo fenômeno. Apesar de o campo educativo ser lato em sua abrangência, estritamente são as práticas escolares que constituem seu enfoque principal no seu olhar epistêmico. O objeto de estudo do pedagogo compreende os processos formativos que atuam por meio da comunicação e intercâmbio da experiência humana acumulada. Estuda a educação como prática humana e social naquilo que modifica os indivíduos e os grupos em seus estados físicos, mentais, espirituais e culturais. Portanto, o pedagogo estuda o processo de transmissão do conteúdo da mediação cultural que se torna o patrimônio da humanidade e a realização nos sujeitos da humanização plena. No plano das ideias, o grego Platão (427-347 a.C.) foi de fato o primeiro pedagogo, não só por ter concebido um sistema educacional para o seu tempo mas, principalmente, por tê-lo integrado a uma dimensão ética e política. Para ele, o objeto da educação era a formação do homem moral, vivendo em um Estado justo.

3. Relevância no Brasil
            Pedro Smith, acionista e diretor da Giroflex (indústria de cadeiras e móveis para escritórios), em 1963, durante uma estadia na Europa, conheceu o trabalho de Lievegoed com empresários, identificando-se profundamente com ele. Na sua volta para o Brasil, criou um grupo de empresários que se ocupavam com as novas idéias do NPI (Nederlands Pedagogish Institut). A partir de 1972 funda-se o NPI no Brasil. Em 1993 foi fundada a Associação para desenvolvimento da Pedagogia Social no Brasil.

4. Desafio educacional
            O desafio da Pedagogia Social é lidar de forma construtiva com as questões sociais do nosso dia a dia, no convívio e no trabalho com outras pessoas. É o campo da ação do saber lidar com as questões e com perguntas das empresas, instituições, grupos ou indivíduos, de maneira tal que empresa e consultor ou indivíduo e coacher (conselheiro), grupo e o facilitador possam encontrar novas soluções no campo social e organizacional. Cada um de nós está constantemente em busca do caminho de realização de sua própria individualidade e nisso dependemos também daqueles com os quais convivemos. Como podemos, em nosso convívio social, criar as condições necessárias para realização de cada individualidade e como cada individualidade pode contribuir para realização da sociedade? A Pedagogia Social nos auxilia nesta tarefa.
Segundo B. Lievegoed “Uma atitude social na vida significa ajudar o outro a dar o próximo passo em seu desenvolvimento pessoal. Significa ter a coragem de confrontar-se com a dúvida, a desconfiança, o ódio e o medo. Isto significa a estar atento diante das dúvidas sobre o que sei, o que sou e o que faço”.

5. Metodologia
            A Pedagogia Social, evita os chamados projetos (data de início e de término) e privilegia os chamados processos (que tem data de início, mas não de término). Isso não quer dizer que não existam objetivos, organização, prazos, orçamentos, etc. Mas quer dizer que se privilegia o desenvolvimento das pessoas e não o seu adestramento numa determinada tarefa. A abordagem é muito situacional, construída sob medida para a situação específica, aproveitando as experiências profissionais e vida dos participantes. Constrói-se assim, passo a passo com eles, a solução para determinado problema. A conseqüência é um compromisso muito mais forte dos envolvidos, pois a solução partiu deles e da sua realidade.
            A metodologia permite uma profícua conscientização das pessoas envolvidas quanto a seus valores, missão de vida e o desenvolvimento das chamadas habilidades sociais: ouvir, falar, aconselhar, observar, negociar, decidir, perdoar, etc. São vivências seguidas de reflexões individuais e resgates nos grupos ao invés de discursos e palestras intelectuais. Nesse sentido, para aplicação educacional apresentam-se três funções principais da pedagogia social:
1ª. A pedagogia social fundamenta, justifica e compreende a ação preventiva, que é uma antecipação, para evitar que os indivíduos se dissocializem. Neste sentido, a prevenção reforça ou compensa.
2ª. A pedagogia social fundamenta, justifica e compreende a ajuda que se oferece a quem está em alto risco social. As maneiras de ajuda são múltiplas.
3ª. A pedagogia social fundamenta, justifica e compreende a reinserçãoterapia ou cura, como remédio a condutas desviadas, como restauração da conformidade normativa e como correção.
6. Impactos na Sociedade Brasileira

Particularmente, com relação ao Estado Brasileiro, a Constituição Federal de 1988 trouxe a tríplice dimensão do desenvolvimento da pessoa, do preparo para o exercício da cidadania e da qualificação para o trabalho. O referido documento também aponta a “Educação como direito de todos” (artigo 205), ampliando assim ainda mais, a importância da mesma, a busca da consolidação da cidadania para o homem do século XXI. Em 1996 inclusive, o então senador Darcy Ribeiro apresentou um Projeto de Lei (n.º 1603/96), cuja proposta “era parte de um articulado conjunto de políticas públicas que caracterizavam a face neoliberal do Estado Brasileiro” (RIBEIRO, 1997, p. 67). Esse projeto reconhecia a universalidades do direito à educação básica, um inadiável aumento de sua oferta exigida pelas demandas do atual trabalhador. Propõe que a educação possa atingir dimensão tecnológica, científica e comportamental - exigindo ainda a esse mesmo trabalhador, a sua capacitação, reflexão critica, o fazer, o criar e educar-se permanentemente - apesar dos limites impostos pelo processo produtivo.

O primeiro impacto entendido como objetivo comum a ser atingido está no desenvolvimento sustentável ampliado e progressivo que introduz, na discussão, a busca do equilíbrio entre crescimento econômico, eqüidade social e preservação da vida. Trata-se, portanto, da procura por uma nova racionalidade que garanta a solidariedade e a cooperação, tanto quanto a continuidade do desenvolvimento e da própria vida para as gerações futuras, ameaçadas pelo consumismo perdulário e pela exploração predatória e desumana dos cidadãos. As ações prioritárias desse impacto são as possibilidades e restrições com o desenvolvimento e a sustentabilidade ampliada e progressiva de uma globalização solidária visando um desenvolvimento sustentado e sustentável. Espera-se desse modo obter a inclusão social e o empreendedorismo, focando a valorização do capital humano, do conhecimento e da qualidade de vida. Colaborando com essa perspectiva está a ética do respeito à vida: solidariedade global e pacto natural dentro de um contexto internacional e do cenário atual do Brasil, com medidas sócio-educativas: Uma faceta da Educação Social.

O trabalho árduo em seu desenvolvimento visando a participação da sociedade civil na busca de soluções para problemas que antes eram entendidos como de responsabilidade do Estado, tem crescido desde as duas últimas décadas do séc. XX. Vários autores (DAGNINO (2002) por exemplo) têm abordado este fenômeno sob a ótica da ampliação da democracia e da participação popular na política nacional. Esta é uma escolha entre os futuros possíveis.

7. Conclusão
A Educação é um processo que ocorre nos mais diferentes âmbitos da sociedade. Neste sentido, a pedagogia precisa estar atenta para formar educadores para atuar nestes vários espaços. Acredito que todas as formas de Educação possuem um aspecto relevante, pois, atuam perante sujeitos sociais e históricos e fazem parte da constituição dos mesmos. O objeto material da pedagogia social é o próprio da pedagogia geral: o ser educando do homem, que é a realização prática de uma possibilidade prévia, aeducabilidade. O objeto formal é o estudo da fundamentação, como justificativa e entendimento da intervenção pedagógica nos serviços sociais, mediante os quais se cumprem as funções básicas da pedagogia social: a prevenção, ajuda e reinserção ou resocialização do indivíduo.

8. Referências bibliográficas
CONTE, Priscila. Educação 2010: As mais importantes tendências na visão dos mais       importantes educadores. 1ª edição. Curitiba: Editora Multiverso, 2010.
PETERS, Michael A. e BESLEY Tina (orgs); Por que Foucault? Novas Diretrizes para a Pesquisa Educacional. Tradução Vinícius Figueira Duarte. – Porto: Artmed, 2008. 248p; 23cm.
TRINDADE, Eduardo. Teses, Dissertações e monografias: Roteiro para sua elaboração. 1ª edição. Rio de Janeiro: Editora JUERP, 1994.
VEIGA, Ilma Passos Alencastro e SILVA, Edileuza F. (orgs.). A escola mudou. Que mude a formação de professores! – Campinas, SP:Papirus, 2010. – (Colégio Magistério e Trabalho Pedagógico).

Sites consultados:
http://www.espacoacademico.com.br/026/26caraujo.htm 
http://pt.encydia.com/es/Pedagogia_social
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pedagogia        

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Cultura popular tradicional - Museu Vivo

O Programa Museu Vivo tem por objetivo a salvaguarda do patrimônio cultural tradicional da região nas áreas de artesanato, música de raiz e culinária, portanto diz respeito a todos nós! Quem tiver o desejo de participar com sua sabedoria popular é só entrar em contato com Tânia pelo telefone (12) 3932-0557.
As atividades acontecem no Museu do Folclore, no Parque da Cidade, de São José dos Campos/SP, aos domingos, no período da tarde - das 14h00 as 17h00, gratuitamente.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Internet tem peso similar ao da educação para ascensão de jovens da classe C


Empresa promete divulgar pesquisa que coloca PNBL no centro das discussões. Estudo indica ainda que sites já respondem como principal fonte de informação para essa faixa etária

Publicado em 05/12/2011, 19:49
São Paulo – A Data Popular promete divulgar dados que sugerem que o acesso à banda larga é tão importante quanto a educação para promover a ascensão social de jovens da classe C. A empresa de pesquisa especializada em estudos sobre segmentos populares da população – o que incluir a nova classe média do país – deve divulgar, ainda neste ano, levantamento que quantifica o peso do acesso à internet em alta velocidade em relação às possibilidades de melhorar de vida.
O publicitário e sócio-diretor da Data Popular, Renato Meirelles, prevê reações críticas e contrárias aos dados, por parear a internet com a educação, que é um direito. Apesar de o material estar pronto, ele faz mistério para detalhar dados incluídos no estudo.

"Mostraremos estatisticamente em um paper que o acesso à banda larga é tão relevante quanto a universalização do ensino para inserção social", resumiu, no início da noite desta segunda-feira (5), durante seminário sobre o futuro da comunicação. "O jovem conectado tem mais chances de ascensão social por questões como a ampliação do networking, a possibilidade de fazer cursos online, de mandar currículo pela internet e de expor sua produção", enumera.

Meirelles sustenta que a perspectiva coloca o Programa Nacional de Banda Larga (PNBL) como uma prioridade a ser discutida no país. "Não quero cair em falsa polêmica, porque não queremos tirar a importância da educação", afirma. Meirelles, no entanto, admite o "contraponto" colocado a educadores, já que a pesquisa incluirá a constatação de que estudantes de ensino médio da classe C têm mais conhecimento sobre a internet do que seus professores.

Não à toa a internet já é a principal fonte de informação desses jovens de classe C, superando a TV. Em outras faixas etárias, as emissoras de televisão seguem em vantagem, mas o cenário de aumento de renda de pessoas de até 24 anos, que respondem por 53% da renda da classe C, faz crescer a importância do segmento na formação de opinião.

Assim, Meirelles acredita que a democratização na comunicação propiciado pela internet é "sem volta". "É impossível ter uma edição de debate eleitoral como foi em 1989 (como fez a Rede Globo)", exemplifica. "É claro que acesso à informação não é acesso a conteúdo, que tem muita besteira (na internet). Mas há uma diferença conceitual importante entre os veículos."

Ele lembra que, enquanto a TV foi vista por muito tempo como "janela do mundo para o 'povão'", a internet funciona, além de janela, como vitrine, porque também se pode produzir cultura e alcançar visibilidade. "Por isso, clipe de rap do Capão Redondo consegue 2 milhões de visualizações, coisa que muita campanha de publicidade viral não alcança", compara. A referência é a conteúdos de agências que visam a ser reproduzidos e divulgados em blogues e redes sociais como um vírus de computador por quem o assiste.
Ele reconhece que a democratização alcançada pela internet não alcança um "mundo maravilhoso", mas um cenário "muito melhor do que antes", porque a internet é o "mecanismo mais democrático para se divulgar conteúdo no mundo". "Muda o jogo da comunicação e da cultura", afirma.
Meirelles participou de uma mesa do seminário "Mercado Futuro de Comunicação", organizado pela Associação Brasileira de Empresas e Empreendedores da Comunicação (Altercom) em São Paulo, nesta segunda-feira (5). O evento é voltado a discutir as oportunidades do setor abertas para os próximos anos especialmente para pequenas e microempresas.
Ele propôs como desafio a produção de conteúdo voltado "para muitos", e não uma "vanguarda para poucos". A análise foi uma sugestão – ou alfinetada – a parte da audiência, formada por empresários que mantém veículos de comunicação alternativos, produzidos fora de conglomerados de mídia e com viés mais à esquerda.
"A esperança venceu o medo há nove anos no país. Se foi assim, é com a esperança que se dialoga para ter um discurso mais amplo na sociedade", propõe. Ele cita dados que colocam a nova classe média como a mais otimista do país, o que exige que se busque aproximar com esse tipo de perspectiva.