terça-feira, 30 de março de 2010

Código Deontológico do Educador Social


Ponto 1- Em relação a si mesmo e à profissão
 1. O Educador Social deve reger o seu trabalho pelo critério da eficiência e competência profissional, tomando como referência as técnicas e metodologias reconhecidas pela prática social e interventiva e pela ética profissional.
 2. O Educador Social tem o direito e o dever ao seu desenvolvimento profissional, através de atividades de formação permanente, sendo também promotor da sua autoformação e atualização científica e metodológica tal como agente ativo na inovação e investigação sócio-educativa.
 3. O Educador Social deve assumir responsabilidade profissional nas matérias para as quais esteja capacitado pessoal e tecnicamente e com as quais se compromete.
 4. O Educador Social deve desenvolver uma atitude de análise crítica e reflexiva permanente em relação a si próprio e ao seu desempenho profissional.
 5. O Educador Social não deve praticar e tem o dever de denunciar às entidades competentes qualquer exercício sócio-educativo antiético, prejudicial ou com efeitos nocivos quer para o usuário, para as instituições ou para a sociedade, praticado por Educadores Sociais ou por outros profissionais.
 6. O Educador Social deve contribuir através da sua ação profissional para a dignificação social da sua profissão.
 7. O Educador Social deve defender e fazer respeitar os direitos e deveres inerentes à sua profissão, tal como os constantes neste código.
 8. O Educador Social deve ter para com os seus colegas respeito, consideração e solidariedade que fortaleçam o bom conceito da categoria.
 9. O Educador Social deve esforçar-se para desenvolver em si qualidades pessoais que aperfeiçoem o seu desempenho profissional, tais como a paciência, a tolerância, o autocontrole, a empatia, o altruísmo, o equilíbrio.
 10. O Educador Social deve associar-se e prestigiar as associações e órgãos representativos da profissão, contribuindo para a harmonia e coesão profissional e para o desenvolvimento da profissão, enriquecendo-a através da investigação e da partilha de resultados.
 11. O Educador Social deve programar e planificar as suas intervenções sócio-educativas não as deixando ao acaso e à aleatoriedade, recolhendo o maior número possível de informação que fundamente a sua intervenção.
 12. Deve-se considerar Educador Social o profissional que detém uma formação adequada, de acordo com os diversos graus formativos previstos e ministrados e a devida comprovação pelas entidades competentes.
 13. O Educador Social deve gozar de privacidade na sua vida particular, devendo, no entanto ser coerente com a sua postura profissional durante o seu relacionamento informal, considerando a pedagogia do exemplo.
 14. O Educador Social tem direito ao exercício autônomo e reconhecido da sua profissão nas instituições públicas e privado.
 Ponto 2- Em relação aos usuários ou assistidos
 1. É dever do Educador Social informar, esclarecer e promover a participação dos assistidos nos diversos momentos do processo pedagógico.
 2. O Educador Social deve procurar desenvolver nos assistidos competências que lhes permitam uma positiva integração social no contexto em que vivem. Deve procurar o desenvolvimento integral da pessoa sustentado em atitudes de respeito, criatividade, iniciativa, reflexão, coerência, sensibilidade, autonomia, fomentando a confiança e autoestima.
 3. Durante a relação educativa o Educador Social não deve manter um relacionamento com o assistidos que condicione nocivamente ou que atrapalhe  a boa prestação do seu desempenho profissional.
4. O Educador Social deve conscientizar o assistidos do problema que ele atravessa e esclarecer o objetivo e a amplitude da sua atuação profissional.
 5. O Educador Social deve desenvolver com os utentes uma relação educativa ideologicamente desinteressada que promova o autoconhecimento cultural e o reconhecimento da multiculturalidade.
 6. O Educador Social deve guardar o sigilo profissional, não utilizando indevidamente as informações que dispõe sobre os assistidos e as famílias, só podendo ser transmitidas em situação de trabalho multidisciplinar, quando daí advenha benefício para a ação sócio-educativa.
 7. O Educador Social não deve usar metodologias que afetam a dignidade dos utentes, respeitando a sua integridade.
 8. O Educador Social deve ser cauteloso, mas objetivamente crítico nas afirmações que profere e nos juízos que efetuar sobre questões que possam dar oportunidade a generalizações e a estigmatizações.
 9. O Educador Social não deve na sua prática profissional criar expectativas no assistido que não sejam possíveis de concretizar.
 10. O Educador Social deve respeitar os direitos educativos das famílias com relação aos assistido numa postura de cooperação entre a família e a equipe sócio-educativa, entendendo a família como agente de socialização essencial ao utente.
 11. O Educador Social deve ser conhecedor do contexto familiar da sua intervenção, desenvolvendo o contacto direto e contínuo de forma coordenada com a família.

12. O Educador Social tem o direito ao respeito por parte dos assisntidos e das famílias.
 Ponto 3- Com relação às instituições
 1. O Educador Social deve respeitar de forma plena os compromissos assumidos com os contratadores, assim como, cumprir as normas institucionais vigentes.
 2. O Educador Social deve salvaguardar a autonomia de critérios e procedimentos essenciais ao desempenho da sua função profissional, podendo recusar tarefas que comprometam a sua integridade profissional.
 3. O Educador Social não deverá aceitar substituir profissionalmente um colega que tenha sido exonerado por defender os princípios e normas deste código no exercício da profissão.
 4. O Educador Social deverá ver garantida a confidencialidade dos documentos e arquivos do seu uso profissional, assim como a inviolabilidade do local de trabalho.
 5. O Educador Social tem direito a um contrato de trabalho e remuneração adequados às funções que desempenha, assim como de usufruir de condições e recursos adequados à sua prática profissional e de ser corretamente informado das tarefas que deverá desempenhar.
 6. O Educador Social deve assumir a identificação com o objetivo e com o projeto institucional, desde que não contrariem os seus princípios deontológicos.
 7. O Educador Social deverá ser promotor de princípios de parceria e intersetorialidade entre instituições, quando essa estratégia for ao encontro do objetivo da prestação profissional.
 8. O Educador Social tem direito a despender de algumas horas do seu horário de trabalho para atualização das suas competências profissionais através de experiências formativas.
 Ponto 4- Com relação aos outros profissionais
 1. O Educador Social deverá manter em relação aos outras profissionais, princípios de cooperação interdisciplinar, sem desrespeito pela autonomia e pelas competências específicas de cada profissional.
 2. O Educador Social não deve fazer comentários pejorativos e desvalorizadores em relação ao trabalho desenvolvido por outros profissionais. A sua crítica deve ser construtiva e dirigida ao profissional, assumindo o educador plena responsabilidade por ela.
 3. O Educador Social não deverá compactuar com o exercício ilegal da profissão, correspondendo-lhe o direito de denunciar atos ilícitos, usurpadores ou faltas éticas dos outros profissionais.
 4. É dever do Educador Social fornecer à equipe ou seu substituto, toda a informação necessária à continuidade positiva do trabalho sócio-educativo.
 5. O Educador Social não deve prejudicar deliberadamente o trabalho e a reputação de outro profissional, nem tomar parte  na prestação e no relacionamento profissional dos outros profissionais.
 6. No seu desempenho profissional o Educador Social deve atribuir prioridade ao profissionalismo em detrimento da afetividade no relacionamento com os elementos da equipa de trabalho.
 7. O Educador Social deve assumir como suas, as decisões apuradas em equipe de trabalho, mesmo quando haja manifestado a sua discordância no momento da decisão.
 8. O Educador Social deve elaborar e planificar em parceria com os outros profissionais da equipa sócio-educativa um projeto educativo que oriente a sua intervenção.
 9. O Educador Social tem direito ao apoio, à informação sobre o trabalho, à participação como elemento de voz ativa e a ser consultado e informado das decisões, em contexto de trabalho de equipe.
 Ponto 5- Com relação à sociedade em geral
 1. O Educador Social deve caracterizar a sua relação pelo critério da igualdade, sem aceitar ou permitir discriminações em função do sexo, idade, raça, ideologia, credo, origem social e cultural, condições socioeconômicas, nível intelectual, promovendo o respeito pela muiticulturalidade e pela diferença.
 2. O Educador Social deve manter uma postura isenta valorizando equitativamente e procurando um relacionamento equilibrado com os diversos autores sociais, individuais ou coletivos, com os quais se relaciona na sua prestação profissional.
 3. O Educador Social deve ser sensível à sua participação ativa nos programas de socorro à população vitimada sem requerer remuneração ou outra compensação, nas situações de calamidade pública.
 4. O Educador Social deve participar e contribuir ativamente para a dinamização do movimento sociocultural no contexto social envolvente à sua intervenção, numa perspectiva de valorização e promoção dos aspectos socioculturais locais.
 5. O Educador Social deve subordinar a sua atuação profissional a princípios como a igualdade de direitos, o exercício da liberdade, a promoção da paz, a prática da justiça, o exercício da tolerância e o respeito para com a Natureza.
 Webgrafia:
 http://susanapiresedsocial.blogspot.com/2008/04/cdigo-deontolgico-do-educador-social-em.html em 05 Março 2010
Ler mais: http://educadorsocialeareasintervencao.webnode.pt/codigo-deontologico-do-educador-social/

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Perfil do Educador Social: experiências e reflexões




André Michel dos Santos*  e Vanessa dos Santos Nogueira**
publicado em 03/02/2010
  
RESUMO
A proposição de elaboração desse artigo origina-se da necessidade de subsídios teóricos para o exercício profissional do Educador Social na atualidade. Percebemos, após o trabalho de mais de dois anos em uma Obra Social da Rede Marista de Educação e Solidariedade do RS, localizada em uma região periférica da cidade de Santa Maria/RS, muitas dificuldades e desafios permeados no cotidiano do Educador Social e no seu envolvimento em situações apresentadas por crianças, adolescentes e suas famílias. Consideramos a relevância de pesquisas nessa área, no sentido de esclarecimentos acerca das competências do Educador Social contemporâneo, como também apontar elementos que desmistificam e elucidam o ofício desse profissional inserido em escolas e obras sociais que atendam público em situação de vulnerabilidade social, sinalizando o perfil de Educador Social almejado e podendo diferenciar papéis que são eminentemente de responsabilidade da família e daqueles que demandam intervenção direta do Educador Social.

Palavras-chave: Educador Social; Crianças, Adolescentes e Famílias; Vulnerabilidade Social.

INTRODUÇÃO
Vivemos hoje em uma sociedade capitalista, impregnada pela cultura individual e determinada muitas vezes pela globalização, onde neste processo, modificam-se as relações culturais, conseqüentemente posturas, valores, princípios, os quais têm refletido no âmbito familiar, escolar e social.
Permeados por essa diversidade, encontramos desafios para educar na atualidade, pois educar nos exige: Rigorosidade metódica; Pesquisa; Respeito ao educando; Corporificação das palavras pelo exemplo; Aceitação do novo; Rejeição de qualquer forma de discriminação; Reflexão crítica sobre a prática; Bom senso, humildade, alegria e tolerância e essencialmente convicção de que a mudança é possível.
Nesse contexto, situa-se o Educador Social sendo o profissional que trabalha com usuários em situação de vulnerabilidade social, os quais são particípes de programas e projetos sociais, não sendo satisfatório apenas o seu domínio quanto ao saber teórico ou na boa intenção. Suas ações não são unicamente pedagógicas, mas também políticas ou ideológicas. Esse profissional deve desenvolver:
·                  Um respeito real e profundo pelo ser humano;
·                  Capacidade para perceber, na comunicação, os aspectos que subjazem à palavra dita;
·                  Transparência na sua forma de ser;

Diante dessas exigências ao Educador Social, é relevante citar que esta profissão é cercada por outras profissões e especializações, as quais têm papéis fundamentais para a complementação do atendimento de situações que fogem do âmbito de intervenção e atribuição do educador social.

1. COMPETÊNCIAS DO EDUCADOR SOCIAL
O Educador Social deve apoiar a pessoa individualmente para alcançar e satisfazer seus objetivos, bem como o exercício da cidadania. Aqui mos refirimos à pessoa sendo (crianças, adolescentes e suas famílias). Isto implica, por exemplo:
·                  Apoiar as pessoas em seu desenvolvimento para que elas mesmas possam desenvolver e solucionar os seus problemas individuais ou grupais;
·                  Potencializar as habilidades de cada um, permitindo com que o mesmo decida por si mesmo;
Em outras palavras, diríamos que o importante é empoderar a pessoa para que ela seja capaz de entender e atuar dentro de sua comunidade, através de suas próprias perspectivas, conhecimentos e habilidades.
Quando mencionamos sobre as competências exigidas ao Educador Social na atualidade, podemos caracterizar como sendo estas, uma síntese de conhecimentos, habilidades a atitudes imprescindíveis a atuação do profissional.
Desta forma, segundo Mezzaroba (2008), o Educador Social deve ter a competência para intervir, refletir e avaliar.

Competência para intervir
O Educador Social deve atuar diretamente na situação e dar uma resposta para as necessidades e desejos das crianças e adolescentes e/ou dos adultos de forma adequada, sem muito tempo para reflexão. Deve ter embasamento teórico e experiência prática para tal. Essa resposta não significa resolver o problema desencadear ações para que ele seja solucionado.

Competência para avaliar
O Educador Social deve saber planejar, organizar e refletir com relação as suas ações e intervenções futuras. Deve saber refletir sobre sua própria prática, avaliando sua intenção, ação e resultado esperado;

Competência de reflexão
O Educador Social junto à sua equipe de trabalho e outros colegas deve saber refletir sobre os problemas de âmbito profissional para uma melhor compreensão, favorecendo assim, o desenvolvimento da profissão nos espaços públicos.
Sendo assim, o trabalho do Educador Social deve promover a igualdade, o respeito com todos os sujeitos do seu contexto, prestando a devida atenção para a necessidade de cada um, respeitando e protegendo os direitos desses sujeitos, a privacidade, a autonomia.
E ainda, é importante ressaltar que o Educador Social deve utilizar-se de sua experiência, do seu saber profissional como uma das formas para melhorar a qualidade de vida dos sujeitos, de suas famílias e da comunidade em situação de vulnerabilidade, na batalha contra a pobreza e na luta pela justiça social.

1.1 ESTILOS DE EDUCADORES:
Após a realização de uma breve reflexão sobre as competências almejadas ao Educador Social apoiada na teorização da autora Mezzaroba, ressalta-se que este deve sentir a necessidade de estar sintonizado com a realidade macro e micro[1] o qual ele esteja inserido, podemos apontar diferentes estilos de Educadores na atualidade. Segundo a autora Mezzaroba (2008), existem quatro tipos de educadores:

a) Educador resignado: centra-se nos aspectos pouco estimulantes de sua profissão; queixa-se de tudo – mas pouco trabalha para melhorar as coisas;
b) Educador tecnicizado: excessivamente aplicador dos recursos; rigorosamente técnico, mas desvinculado do “social”;
c)  Educador conformista: mero executor de suas atividades; sem excessivas esperanças e sem graves decepções;
d) Educador crítico: “realista”, porém não estranho à uma atitude proativa; otimizador; apóia alternativas inovadoras de melhora; destaca-se por sua atitude construtiva e otimista; sempre olha para frente; capta os desajustes e contribui para melhora do seu trabalho;
Diante do exposto, é momento de autoavaliação, de nos depararmos e refletirmos se realmente, em nossa prática, agimos como verdadeiros Educadores Sociais, comprometidos com a nossa profissão e se efetivamente temos feito diferença na vida dos usuários à quem atendemos.

2. EDUCADOR SOCIAL X FAMÍLIA: REFLETINDO SOBRE SEUS PAPÉIS
Diante do que já foi abordado, chegamos ao ponto de refletirmos sobre qual é o nosso papel enquanto Educadores Sociais e até onde estabelecermos nosso envolvimento profissional e pessoal, nas adversas situações que enfrentamos em nosso cotidiano.
Sabe-se que o Educador Social é o profissional que tem um olhar diferenciado ante as circunstâncias que lhe são apresentadas, é o profissional que tem sensibilidade social. Mas é nesse âmbito que precisamos ter clareza de que Educador Social e Família possuem papéis diferentes de um modo geral, embora os dois tenham como finalidade em comum o dever de contribuir na educação das crianças e adolescentes.
Porém, muitas vezes o próprio Educador Social não consegue distinguir a sua ação e tomada de postura, diferenciando o nível profissional do pessoal, o que acaba sendo negativo, na construção do processo de autonomia, emancipação e cidadania, das crianças, adolescentes e famílias envolvidas.
É importante salientar também que Educador Social e Família têm significações, representações e contribuições diferentes na vida do educando, partindo de que a relação de educando - educador não pode substituir, por exemplo, a relação pai-filho, mãe-filho, ou seja, ocupar um espaço na vida do educando que por motivos de ordem emocional, psicológica, transferem essa ausência na família, para a figura do Educador Social.
Em relação ao papel da família na vida do educando, podemos afirmar:
A família é a esfera íntima da existência que une por laços consangüíneos ou por afetividade os seres humanos. [...]. É o ambiente imediato no qual os seres humanos exercem seus papéis e que lhes provê recursos essenciais necessários para facilitar o enfrentamento e ajustamento a condições internas e externas que estão em constante mudança (PELZER, 1998, p. 106).

Desta maneira, afirma-se a relevância de distinção de papéis na relação Educador Social, Educando e Família, sabendo que é na família onde se deve originar as possibilidades de representação de papéis, na medida em que a criança e adolescente possa reconhecer a figura do pai como tal, da mãe como a sua mãe, e assim por diante.
Portanto, faz-se necessário que se analise e reflita sobre o tipo de relação que o Educador Social tem com o seu educando, sabendo que uma de suas competências é intervir para o fortalecimento, empoderamento, promovendo emancipação e autonomia para com os usuários atendidos e em hipótese alguma, criar vínculos de dependências nessa relação.

2.1 EMOCIONAL X PROFISSIONAL: AUTO-PROTEÇÃO DO EDUCADOR SOCIAL
Nesse item, destaca-se algumas contribuições para a auto-proteção do Educador Social. Mas você deve estar se perguntado, Educador Social deve se proteger de quê?
Como já abordamos anteriormente, temos em nossa prática a difícil tarefa de lidar cotidianamente com problemas sociais e necessitamos separar as questões profissionais que possam interferir em questões pessoais. Para tanto, apresenta-se alguns fatores para subsídio a essa auto-proteção:

·                  Características individuais do Educador Social;
·                  Apoio afetivo;
·                  Apoio social externo (colegas, família, amigos, etc);

Também sinaliza-se categorias ou comportamentos que segundo Mezzaroba (2008) auxiliam para manter a Saúde Mental do Educador Social:

·                  Insight – hábito de se fazer perguntas e dar respostas honestas;
·                  Independência – distanciamento físico e emocional enquanto satisfaz suas próprias demandas;
·                  Relacionamento – equilíbrio entre as próprias necessidades e a capacidade de dar/doar-se aos outros;

Todas essas contribuições vêm no sentido de auxiliar o Educador Social a poder lidar com a resiliência, ou seja, a sua capacidade de superação das adversidades; resistindo às frustrações; reagindo e podendo deixar o sofrimento para trás e recuperar-se em prol de uma causa maior.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Acredita-se ser de extrema relevância abordarmos sobre o perfil do Educador Social na atualidade, em virtude das demandas sociais e exigências profissionais que são necessárias ao Educador Social contemporâneo.
Esperou-se, com esse breve artigo oferecer suporte teórico, para subsídio da prática dos educadores, no sentido de provocar reflexões inerentes a temática, entre Educadores Sociais, e suscitar muitos questionamentos e indagações em relação à efetividade da intervenção do Educador Social, no exercício de sua profissão, ou seja, reiterando que o papel do Educador Social não poderá confundir-se com o papel da família no envolvimentos de situações que perpassam o cotidiano de seu educando.

REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO:
MEZZAROBA, Solange Maria Beggiato. O papel do Educador Social: superando. desafios. Disponível em: http://capacitacao.secj.pr.gov.br/arquivos/File/O_PAPEL_DO_EDUCADOR_SOCIAL.ppt. Acesso em: 14 set. 2008

PELZER, Marlene T. Família saudável e o processo de cuidar. In: A família que se pensa e a família que se vive. Rio Grande: Editora da FURG, 1998.


* Assistente Social, Especialista em Gestão Educacional/UFSM. Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Educação do Centro Universitário La Salle – UNILASALLE/Canoas – RS. Em fase de conclusão do Curso de Especialização em Educação Ambiental/UFSM. Assistente Social da Rede Cenecista de Educação do RS. Contatos: andremicheldossantos@gmail.com ou http://servicosocialescolar.blogspot.com/

** Pedagoga, Especialista em Gestão Educacional/UFSM, Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Educação/UFSM, Especializanda em Tecnologias da Informação e Comunicação Aplicadas a Educação/UFSM. Tutora do Curso de Pedagogia a Distância da UFSM/UAB.
Contatos: snvanessa@gmail.com ou http://vanessanogueira.wordpress.com/


[1]Quando no texto citamos “macro e micro”, informamos da necessidade do Educador Social possuir percepção e conhecimento da conjuntura atual a qual ele está inserido, permeada por processos econômicos, políticos ou de exclusão social multidimensional, presentes na sociedade moderna, seja em âmbito local, como global;

Fonte: http://www.partes.com.br/educacao/perfileducadorsocial.asp