.A educação social deve priorizar o saber filosófico, investigativo, inovador, essencial. Para trabalhar essa formação verdadeiramente humana, é preciso rever os ideais globalizadores, já que o cidadão tem de ser pensante, revolucionário, na escola, no trabalho, na igreja, na família, onde estiver.
Confúcio já ensinava que “aprender sem pensar não tem valor”, e Beto Guedes canta que “A lição sabemos de cor, só nos resta aprender”. Essas frases mostram que saber é muito mais que decorar, é procurar perguntas, geralmente mais relevantes que as respostas, é valorizar os porquês, é debater, conflitar, ouvir bastante e dialogar, é ser crítico o tempo todo, todo dia, o dia todo, é lutar contra as arbitrariedades, é propor mudanças, é valorizar a história, os pensadores e as experiências ao longo do tempo, sejam elas no campo científico, social, ambiental, político, cultural ou artístico. O cidadão antenado, conectado, deve valorizar a resistência, refutar a dominação, afirmar a diferença, vivenciar a pluralidade.
Todas essas questões indicam que a educação não pode ser apenas conteudista ao extremo, pois deve envolver de forma permanente o componente político, cultural e social nas atividades escolares, de modo a trazer para o processo de ensino-aprendizagem a vida como ela é, com o intuito de trabalhar para transformar o ser humano e, consequentemente, o mundo
Jean Carlos Neris de Paula
Professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo, Graduado em Letras-Português e Pós-Graduado em Linguística pela Universidade Federal do Espírito Santo.
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